Espelhos seduzem, atraem, instigam, mas uma coisa é certa: mentem, pois jamais eles nos devolvem nossa imagem verdadeiramente definitiva (ou ela está invertida, ou o distorcida). Isso ocorre em parte pela natureza enganadora dos espelhos, em parte por não sermos definitivos (mudamos o tempo todo). Quem disser que está totalmente satisfeito com sua imagem refletida no espelho não terá motivo para olhar-se neles nuca mais na vida. Alguém acredita nessa hipótese? O mito grego de Narciso, enganado pelo espelho, atravessa os séculos e foi incorporado à cultura humana por diversos campos.
Assista à vinheta do livro, logo acima. É bem legal!